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Música para os pés e para a cabeça

por Aluísio Gomes Jr.


A música eletrônica é vista cheia de preconceitos por muitos. Eles confundem uma parte da musica eletrônica, a dance music, com todo um gênero musical.
Pra começa de história quem acha que a eletrônica esteve sempre ligada a música pop esta redondamente enganado. A eletrônica começou como uma tentativa dos músicos vanguardistas do início do século XX, principalmente, nos conservatórios da cidade de Düsserldorf, Alemanha. E foi justamente um grupo alemão quem primeiro transportou a linguagem dos computadores para a música pop(?). O Kraftwerk foi a primeira banda e é a mais cultuada até hoje, influência de 10 entre dez artistas eletrônicos, consegue unir músicas dançantes, rítmicas com extremo talento harmônico e por mais incrível que isto possa parecer emocionante. Quem quiser conferir ouça obras primas como Trans-europe-express ou Autobahn. Se você pensa que tecno é coisa dos anos 90, vale salientar que estes discos são dos anos 70.
A década passou com a eletrônica no crescente cada vez maior no cenário udigrudi, em especial nas cidades de Detroit, EUA e Manchester, GB, mas foi nos anos 90 que definitivamente a eletrônica conquistou o cenário pop. E foram dois moleques com cara de nerd , Tom Rowlands e Ed Simons,os Chemichal Brothers, que abriram as portas da música pop para o tecno, o segundo álbum deles, Dig your own hole, é daqueles que é sucesso em qualquer festa que se preze, músicas sensacionais como Setting Sun, Blockin Rockin Beats e Electioneering, além de convidadoes especialíssimos dando canja nos vocais: Tim Burghess dos Charlatans, Noel Gallagher do Oasis , aí já se ver a esperteza dos irmãos químicos, em vez da postura a música que acabará com todas as outras, comum na eletrônica, eles tocam com grandes estrelas do pop britânico.
O sucesso dos Chemichal Brothers abriu espaço para outros estilos desconhecidos do gênero como o trip hop, de Massive Attack e Portishead, menos voltado para as pistas de dança e mais introspectivo, o estilo foi apresentado ao mundo com o clássico Blue Lines do Massive Attack, mas a grande obra mesmo do estilo foi o Dummy do Portishead, com a vocalista Beth Gibbons sendo uma espécie de Billie Holliday do trip hop, cantando sobre suas dores, o álbum vendeu milhões apoiado no sucesso de Glory Box e Sour Times. Os ingleses não tinham de modo algum, que o diga Roni Size que em 1997 invadiu as pistas com o drum'bass, se o trip hop é um hip hop viajado, o drum'bass ou jungle é um hip hop com batidas acelaradas e muito grave.Tudo isto pode ser visto no álbum New Forms.
Em pensar que tudo isso se deu apenas no triênio 1996/97/98, e depois disso a eletrônica inglesa deu uma caída.O mundo então voltou seus olhos para a França, é estranho mais foi da terra de Zidane que saiu algumns dos melhores artistas da eletrônica, hoje. Principalmente o Air,no seu primeiro álbum Moon Safari eles provaram que a eletrônica não tem de ser moderna para ser original. Retrô até dizer chega, o álbum conquista com aquele clima meio sessentista, e destes geniais franceses, também, a trilha de Virgens Suicidas.
É claro que os americanos não iriam ficar só de ouvintes e deram a resposta em 1999, com o álbum Play de Moby que utiliza samplers de velhos discos de blues para fazer um dos mais criativos discos da eletrônica. E nos como ficamos, sim, nós temos música eletrônica de muito boa qualidade é só ouvirv os novos dos dj's Marky e Patife.Como toda alista está não deve ser encarada como uma Bíblia e muita gente boa ficou de fora, mais são os que considero essenciais para quem quisetr viajar pelos beats da musica eletrônica.